Todos nós na vida temos uma maneira própria que pensamos ser a que melhor nos pode conduzir a sermos protegidos, ou então não sermos expostos a situações que podem ter fim trágico. A minha Mãe fiel devota do Santissimo Sacramento da Igreja da Raiva em Castelo de Paiva, sempre acreditou piamente que forças divinas poderiam proteger os outros e em particular os seus Filhos. Era um pessoa de umaconduta exemplar uma exemplar praticanted religiosa e com tal fácilmente os seu pedidos poderiam ser atendidos. Apesar de saber aceitar todos os sacrifícios a que a vida lhe proporcionou, sem queixumes, acreditava que aos outros poderiam ser evitados. Vem isto a propósito e quando se passaram 40 anos; decidi por razões que agora não é muito importar trazer para aqui me oferecer voluntário por quatro anos para uma Comissão de Serviço em Moçambique. Minha Mãe que já se deparava com a dificuldade e o medo de perder o filho que estava a cumprir serviço no Exército na Guiné, ao ser confrontada com a noticía confirmada que eu também tinha partido. Acreditava que a melhor forma de nos proteger era uma Foto na Igreja da Terra onde habitava (Nogueira da Regedoura). Não valia de nada ela saber que eu desde pequeno todos os actos religiosos que pratiquei foi sempre ou por ser obrigado, ou então para evitar que os problemas se agudizassem. De nada valeu sempre lhe tivesse dito que a Crença Religiosa em mim não entrava. No imaginário dela eu era Cristão e o que lhe dizia entrava por um e saía pelo outro. Qual foi o meu espanto meses depois de ter regressado que a minha Fotografia ainda se lá encontrava entre muitas outras como que a conseguir uma protecção divina. Todos os anos abordo um tema em que ela esteja presente este ano e passados os 40 quero dizer-lhe que esteja onde estiver não lhe quero cobrar nada e que me continuo a manter sem qualquer tipo ligação de religiosidade e convictamente irei continuar enquanto por cá andar. Sinto-me bem assim. Mas a importância que dou a todas as datas que ela religiosamente respeitava eu as respeito. Era o Natal para ela a data mais importante. Pelo respeito e amor que lhe tenho continuo a fazer de todos os Natais desde que ela partiu o Natal da Minha Mãe seguido rigorosamednte o Natal tradicional que sempre lhe conheci nestas largas dezenas de Anos. Ao recordar-me do Natal a única tristeza que sinto foram os Natais que por força maior tive de passar longe dela. Hoje passo os Natais na sua companhia, certo que ela partiu mas só fisícamente em todo o resto e no prato está sempre comigo. Obrigado Mãe pela Fotografia e pela forma brilhante como fui ensinado a viver o Natal. Como fisícamente não é possivel estar presente. Vou comer mais uma rabanada, um pouco de Aletria e mais uma posta de bacalhau, que esgtará no prato reservado a si. Comprei do Grosso como nos outros tempos e vou cozê-lo depois o Farrapo Velho e á noite Assá-lo. Também as Trinchudas estão aqui no Campo e não tardam pela demora. O Natal vai ser aqui como de costume em Cancelos/Sebolido o Ano Novo em Nogueira da Regedoura. Obrigada Mãe pela Fotografia. Na minha mente os nossos dias Mães são todos eles verdadeiros Natais.
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